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Outras oficinas

Dias de plantança: mutirão, aprendizagens e brincadeiras sobre o plantar
com Coletivo Casimira Agroecologia



A oficina propõe a continuidade de um processo coletivo de cultivo agroflorestal com estudantes do ensino fundamental da Escola Estadual Efigênia de Barros, em Barão de Cocais. Nos dois primeiros dias da oficina, serão realizados plantios lúdicos de ervas medicinais e aromáticas no quintal da escola, além da feitura de um novo pomar com berços agroflorestais. No terceiro dia, acontece uma excursão dos alunos em André do Mato Dentro para continuar as plantanças e conhecer a nova sede da Casimira Agroecologia, sua agrofloresta e a horda do coletivo.

O Coletivo Casimira Agroecologia nasce no Mundo do Mato Dentro, na Serra da Gandarela, entre onças encaichoeiradas, recados da Mãe Rocha e matas profundas. Radicado na comunidade rural de André do Mato Dentro, onde dormem águas antigas, o coletivo cultiva alimentos agroecológicos, planta florestas e colhe a palmeira Juçara, o açaí da Mata Atlântica. Ali, promove processos de aprendizagens em meio às florestas e as roças, a partir das sabenças populares das mestras e dos mestres locais, em conjunto com brincadeiras e cantorias pautadas pela liberdade, movimento e alegria.

Muralismo com grafite e lambe-lambe em grande escala
com Luana Cristina de Oliveira e Bruna Lubambo



A oficina convida os participantes a idealizar e executar um mural colaborativo, utilizando diferentes técnicas de arte urbana como o lambe-lambe em grande escala e estêncil. A proposta é que os murais criados possam dialogar com as identidades culturais e os territórios de cada um.

Luana Cristina é uma artista autodidata que transita entre o grafite, a ilustração, a arte digital, os desenhos realistas e a pintura em telas. Desde 2016, tem deixado sua marca na cena artística de Barão de Cocais e Santa Bárbara, com obras de grafite distintivas, como os murais da Escadinha, da Vila São Geraldo e da Escola Municipal Marphiza Magalhães Santos. Um elemento recorrente em suas criações é o lobo-guará – presença que localiza suas obras em uma cidade cinza, onde os vermelhos dos pelos do animal se misturam ao cenário extrativista, formando uma paleta terrosa. Essa fusão entre natureza e ambiente urbano dá à sua arte uma dimensão pluridisciplinar, conectando-se com questões sobre a convivência entre ser humano e meio ambiente.

Bruna Lubambo é ilustradora, escritora e arte-educadora. Já publicou mais de 40 obras ilustradas para diferentes editoras, como Companhia das Letrinhas, Global Editora, Editora Globinho e Editora Ática. Seu trabalho já foi finalista do Prêmio Jabuti em quatro edições, além de ter recebido o Prêmio FNLIJ na categoria Melhor Livro e Melhor Ilustração. Outras obras foram reconhecidas com o selo Cátedra Unesco Puc-Rio. Para além das páginas dos livros, Bruna também já assinou murais em grandes formatos e já mediou a criação de murais em processos de criação colaborativa, em especial durante os anos em que fez parte da equipe de educadores da Agência de Iniciativas Cidadãs – AIC (BH).

Pífano de sumidouro: da criação ao toque
com Cleisson José e Geraldo Sabiá



Realizada com alunos da escola do campo em Sumidouro, distrito de Santa Bárbara, a oficina oferece uma imersão no universo do pífano, unindo construção artesanal e experimentação sonora coletiva. A formação começa na colheita da taquara, passa pela fabricação do instrumento e culmina nos primeiros toques. A proposta estimula o vínculo com a música popular, o fazer manual e a expressão comunitária.

Cleisson José é performer, músico, professor, pesquisador e agente social. Graduado em Música pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). Iniciou seus estudos ainda na infância com seu avô, Antônio Adão do Carmo, em sua cidade natal, Barão de Cocais (MG). Atuou em diversos grupos musicais e desenvolveu pesquisas sobre as conexões entre a música e outras linguagens. Nos últimos anos, se dedicou à luta por transformações socioambientais em Barão de Cocais, promovendo projetos voltados à educação, arte, cultura e lazer no bairro São Benedito e arredores.

Geraldo Sabiá é mestre da cultura popular, músico autodidata e luthier experimental, é natural de Sumidouro, em Santa Bárbara (MG). Desde a infância, tocava com a família em serestas, quadrilhas e festas religiosas. Herdou também de seus familiares o ofício de construir instrumentos com sonoridades singulares: violões, violas, bandolins, pífanos de seis e dez furos — este último, raro e peculiar na região de Sumidouro.

Corpo à voz: laboratório de presença e imaginação
com Fernando Augusto



A oficina convida educadoras da rede pública de Santa Bárbara e região a explorar corpo, respiração e voz como recursos de escuta e comunicação na prática pedagógica. Por meio de jogos teatrais, exercícios vocais e dinâmicas de atenção, amplia possibilidades expressivas e fortalece a presença de cada participante. Trechos do filme As Aventuras do Príncipe Achmed estimulam o trabalho com personagens, abrindo um campo de experimentação para a Escultura Comunitária Bárbara de Cocais.

Fernando Augusto é artista santabarbarense, músico, ator e arte-educador, formado em Direção Teatral pela UFOP. Em suas oficinas, une música, jogos teatrais e vivências pessoais para despertar o riso, a criatividade e o brincar. Com sensibilidade e leveza, transforma a arte em ferramenta de expressão, afeto e liberdade.

O brincar livre na primeira infância – encontros formativos
com Bianca Bethonico e Maria Nazarete Paganotti



A oficina promove encontros entre educadoras, pedagogas, coordenadoras e diretoras das redes de Santa Bárbara e Barão de Cocais, entre abril e agosto de 2025. São dois ciclos independentes: em Santa Bárbara, o foco é o aprofundamento teórico e vivencial para a criação de ambientes que favorecem o brincar livre. Em Barão de Cocais, o percurso inclui práticas, canto, filmes e visitas, adaptados às necessidades locais. Em ambos, buscou-se fortalecer o papel do adulto sensível para uma infância livre e respeitada.

Bianca Bethonico é graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard (UEMG) e em Pedagogia pela EDUCAE. Especializou-se no primeiro setênio pela Pedagogia Waldorf (Colégio Rudolf Steiner/MG) e formou-se nos níveis 1 e 2 do Pikler Summer Course pelo Pikler Institute (Hungria). Fundou e dirigiu o Ninho Jardim de Infância (2008–2018). É realizadora do documentário Dos 3 aos 3, em parceria com Pablo Lobato – documentário que acompanha o crescimento de seu filho, Ravi, dos três meses aos três anos de vida, à luz da abordagem Pikler.

Maria Nazarete Paganotti é graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard e pós-graduada em Psicomotricidade pela FUMEC/MG. Especializou-se no primeiro setênio pela Pedagogia Waldorf (SEPAPA – Ribeirão Preto/SP). Tem formação no nível 1 no Pikler Summer Course pelo Pikler Institute (Hungria), e nível 2 pela Fundación AMI (Equador). Coordenadora do Curso de Formação em Pedagogia Waldorf do Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais (CRSMG) e co-fundadora do Colégio Rudolf Steiner de MG. Professora de Educação Infantil no CRSMG (1996 a 2024) e tutora pedagógica em Educação Infantil.